Olá,
Hoje vou contar para vocês mais uma fase da minha carreira, lá no começo, minha ida ao Japão.
Fui para lá, pela primeira vez, em outubro de 1995, para tentar fazer desfiles, mas não trabalhei quase nada - fiz dois, no máximo. Era alta demais e acho que o meu tipo de beleza não agradava muito o mercado japonês. Eu, na época com 16 anos e não muito segura, posso dizer que não tive uma experiência muito agradável.
Distante (e muito) da família, e em um país de cultura totalmente diferente, eu só fazia chorar - é aí que falo sobre a maturidade - se eu fosse um pouco mais esperta na época, teria aproveitado meus momentos para curtir, aprender mais sobre o país, e não teria chorado tanto!
Dividi o apartamento com uma modelo da Romênia, outra nova experiência, já que pela primeira vez estava num apartamento de modelos. No último dia fiz um teste para "Chanel Tour", uma turnê de desfiles da grife que ficava por 2 meses em cidades do Japão. Voltei para o Brasil e, em dezembro do mesmo ano, soube que peguei o trabalho, portanto deveria voltar para lá em janeiro para iniciar a turnê - e o melhor de tudo, com trabalho garantido.
Fiz a turnê 7 vezes (2 vezes por ano), 3 desfiles por dia (o mesmo!) e ainda ensaios (sempre!). Era uma versão menor do que a de Paris, mas com o mesmo cenário, make, cabelo... Acho que foi aí que eu realmente percebi a importância de horários e as responsabilidades da profissão, e nenhuma cultura te ensina mais sobre respeito e profissionalismo do que a japonesa. Acredito até que levei isso a sério demais, pois até hoje minha meta é relaxar mais e deixar a vida me levar um pouco - resquícios de Japão.
Foi lá que aprendi a desabotoar casacos, tirar luvas e colocar casacos desfilando, como faziam antigamente na alta-costura. Lá também passei a adorar Tatiana Abraços, aliás, a Tati era a "top das tops" e todas queriam ser iguais a ela!
O Japão é extremamente controverso. De um lado é super conservador e repressor, e do outro totalmente rebelde e aberto a experimentos, principalmente quando se trata de looks e moda de rua. É só ir a um parque como o Yoyogui, ou bairro "descolado" como Omotesando, e observar dezenas de tribos ousando, testando e experimentando a moda e a arte. Realmente é um país que muda nosso jeito de "olhar" a moda.
Bjbj
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E a make branca? |
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Eu , minha "fitasan", Mayumi san (cada modelo tem sua camareira), e a chefe das camareiras |
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Backstage |
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Backstage |
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No último dia de desfile em Nagoya fizemos uma competição de boliche entre toda a equipe da turnê. Esse aí foi meu time em uma das vezes |
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Além do boliche, em Nagoya, rolava um karaokê em Osaka |
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Muito trabalho e muita diversão |
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Harajuku girls |